quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sir Eric Clapton no Rio!

Uma noite agradável de primavera no Rio de Janeiro. Clima perfeito para curtir um show do maior guitarrista de todos os tempos: Sir Eric Clapton. E após dez anos de espera, a expectativa era enorme!
Parecia um jogo do Santos de Pelé contra o nosso querido Mecão (América Futebol Clube) – dos dias de hoje – no Engenhão. O melhor que já existiu, em plena forma, acompanhado de um timaço. Jogo ganho. Estádio muito bonito funcionando bem, embora o gramado deixasse a desejar.
Pouco antes das sete da noite, entrou no palco o guitarrista norte-americano Gary Clark Jr, que abre os shows de Clapton na turnê brasileira, de 27 anos. Bebendo na fonte do soul, blues e rock fez um show muito bom, mostrando toda sua virtuose de raiz com a sonoridade rasgada de uma Epiphone  semi-acústica, lembrando de Alvin Lee a Ben Harper. Um ótimo aquecimento para o mestre.
 Já nesta apresentação, um problema: a bateria não era ouvida de forma clara e o bumbo não existia. Ficou a expectativa de um som melhor para o show principal.
No palco, Eric Clapton é acompanhado por Steve Gadd (bateria), Willie Weeks (baixo), Chris Stainton (Hammond) e Tim Carmon (teclados). Este rouba a cena diversas vezes durante o show. Destoava da banda por suas roupas e atitude rock and roll anos noventa, tipo tecladista do EMF, além das cantoras Michelle John e Sharon White, num formato de uma só guitarra.
A banda abriu a apresentação com “Going Down Slow”, muito aplaudida e precisa. Seguida por “Key To The Highway” e a clássica bluseira “Hoochie Coochie Man”.  “Old Love” e I Shot the Sheriff”, levantaram o público e agitaram a arena.
No set acústico “Lay Down Sally” e uma sonolentíssima “Layla”, que foi a decepção do show, uma música de tanta qualidade sonora e técnica ser deixada de lado. Estava bem mais lenta que a versão acústica de 1991.
Levantando e cantando a Fender Stratocaster azul celeste, voltamos à programação normal e “Badge” levou os fãs ao delírio, um dos pontos altos da noite. Uma emocionante – como sempre – “Wonderful Tonight”, e novamente era hora da pressão com “Before You Accuse Me”, “Little Queen Of Spades” e “Cocaine”. No bis, a clássica de Robert Johnson, “Crossroads”, para dar aquele arremate brilhante para um show tecnicamente perfeito. E um breve “good night” e bye-bye Rio.
Cada toque na guitarra levava os fãs, confortavelmente acomodados, acomodados mesmo, ao delírio! E com razão, Eric Clapton é tecnicamente diferente, um Pelé inglês. Muito superior aos demais no que se propõe a fazer, que é tocar guitarra… e tocar muito, como nenhum outro terráqueo ou simples mortal.
Uma pena foi que o problema com as frequências graves lá do show do Gary Clark Jr. persistiu… O som ficou sem pressão… sem ganho no volume… Uma pena para uma apresentação tecnicamente diferenciada… ah, o gramado do Engenhão…

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